Ontem foi dia da árvore. E o início do dia não foi fácil com três meninos a confessarem-nos que não gostavam nada de árvores. A convite do Município de Viana estivemos nas escolas de Aguiar (1º ciclo e Jardim de Infância) e com duas turmas de 1º Ciclo da Escola de Viana. Cerca de 80 crianças dos 3 aos 11 anos.
Um dia inteiro sem plantar árvores! Preferimos conversar com as crianças sobre a importância das árvores, porque as devemos plantar e cuidar. Também é preciso cultivar o gosto e o conhecimento pelas árvores.
As conversas foram deliciosas cheias de perguntas e, como bem disse uma menina, com muitas “interligações”. O que é que as manchas bonitas [de óleo] na rua num dia de chuva em frente à escola têm a ver com as árvores? Tudo, ensaiámos responder nós.
No meio das discussões ricas cremos que o momento mais alto de todos foi quando mostrámos as nossas duas “máquinas para por as pessoas a gostar de árvores”: uma câmara termográfica e uma fita métrica.
Com a câmara termográfica podemos por em evidência, e todo o ano relembrar isso, a importância do arvoredo no arrefecimento do espaço urbano no papel. Com a fita métrica de 10 m é possível mostrar como todos precisamos de tempo para crescer: os humanos e as árvores. Como uns e outros crescem a ritmos diferentes! E como é vital para as nossas aldeias, vilas e cidades preservar as árvores de maior porte ou deixá-las crescer.
Para já, e porque chovia e o tempo não estica, ficámo-nos pela sala de aula. Quem sabe se, num dia de canícula próximo, não marcamos um passeio termográfico pelas ruas e/ou uma sessão para desafiarmos a criação de um laboratório vivo na escola (um espaço plantado na escola preparado para enfrentar os efeitos das alterações climáticas e introduzir o tema).
Quase que nos esquecíamos dos três meninos referidos no início deste post. No final da conversa mudaram de opinião e também passaram a gostar de árvores.